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Farol da Barra recebe prêmio internacional de farol do ano

By | Mundo Náutico | No Comments

 

O Farol da Barra, reconhecido cartão-postal de Salvador, recebeu o Prêmio Internacional Farol do Ano. O monumento foi destaque pela sua importância náutica, turística, arquitetônica e patrimonial, vencendo faróis de países como Índia, Japão, Reino Unido e Portugal.

 

O monumento recebeu o Prêmio Farol Patrimônio do Ano da International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authorities (IALA) – Associação Internacional de Auxílios Marítimos para Autoridades de Navegação e Farol, em tradução livre. O título foi concedido em 2020, mas a cerimônia de premiação foi adiada por causa da pandemia e só pôde ocorrer ontem. O cenário escolhido foi o interior do próprio Farol da Barra.

 

O troféu, que ficou sob a guarda do Museu Náutico da Bahia, foi entregue pelo secretário geral da IALA, Francis Zachariae. A organização internacional sem fins lucrativos atua em diversas áreas para melhorar e padronizar a navegação no mundo.

 

“Os critérios são bem difíceis e contamos com um time de especialistas em faróis para observá-los. Vimos o quanto o Farol da Barra ajuda com a cultura e história do lugar, o quanto de público ele atrai e o que proporciona para isso, além de como dá condições para que [as pessoas] aprendam com o patrimônio histórico e cultural”, apontou o secretário geral da IALA.

 

Diante da conquista não somente para a cultura e educação da Bahia, mas também para o setor náutico, o Vice-Almirante do comando do 2º Distrito Naval (Com2°DN), em Salvador, Antônio Carlos Cambra, classificou o prêmio como um símbolo do povo e o recebimento dele no mês da Marinha, celebrado no dia 11 de junho.

 

“Não é apenas da Marinha, mas principalmente da Bahia e do povo de Salvador. Então, eu considero esse prêmio importante para a Marinha, porque ela administra o Farol, mas é um prêmio do povo de Salvador, do povo da Bahia que tanto ama a fortificação da Barra, e a coloca como um dos símbolos desta cidade”, destacou o Vice-Almirante.

 

Outras autoridades militares, marítimas e políticas também prestigiaram o momento. Entre eles, Isaac Edington, presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur). Para o gestor, o prêmio é um presente para os 200 anos de independência da Bahia, celebrado no próximo mês, e para o setor turístico da capital.

 

“O Farol é o palco de diversos acontecimentos importantes na cidade, ainda mais neste período de celebrações do bicentenário. Ele representa a nossa cidade em diversos momentos, você olha e reconhece Salvador imediatamente. Sobretudo, é mais uma iniciativa muito bem recebida e que fortalece o turismo da cidade”, disse Isaac.

 

Prova disso é o lugar especial que o Farol da Barra ocupa no coração do navegador e escritor ucraniano radicado na Bahia, Aleixo Belov, que deu a volta ao mundo em um barco, pelo menos cinco vezes. Para ele, que fez questão de ir à cerimônia de premiação, o cartão postal é digno de honrarias por sua multiplicidade.

 

“Além de muito útil para a navegação, ele é muito bem construído e está instalado em um lugar extremamente útil. Ele tem um marco na Bahia. Eu mergulhei muito naquelas pedras de frente para ele e o observei muitas vezes. Sempre que saio para navegar eu me despeço dele”, declarou Aleixo.

 

O cartão postal de Salvador caiu nas graças de seu povo e dos visitantes como Farol da Barra, mas seu nome de batismo é Farol de Santo Antônio e o forte ao seu redor, chamado de Forte Santo Antônio da Barra. A construção foi edificada, em 1536, sendo a primeiro do Brasil. A torre possui 22 metros de altura e ainda continua funcionando, ajudando os navegantes a encontrarem o caminho por meio dos seus feixes de luz nas cores branco e vermelho, que podem ser vistos a 70 quilômetros de distância.

 

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938, o Farol da Barra é um dos cartões postais mais conhecidos do mundo. Para quem gosta de descobertas, ele abriga o Museu Náutico da Bahia, com um acervo de achados arqueológicos submarinos, coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, entre outros artefatos reunidos ao longo de mais de três séculos.